VocĂȘ irĂĄ me buscar no aeroporto e eu irei te procurar no desembarque por alguns segundos porque vocĂȘ foi idiota o suficiente pra nĂŁo escrever o meu nome numa plaquinha qualquer. VocĂȘ me darĂĄ um sorriso e eu nĂŁo hesitarei em retribui-lo. VocĂȘ me perguntarĂĄ como foi a viagem e eu vou fingir nĂŁo estar cansado e dizer que ocorreu tudo bem. Conversaremos por mais alguns minutos, atĂ© vocĂȘ me da um abraço, que eu nĂŁo serei capaz de recusar. Tomaremos um tĂĄxi e iremos para um hotel. Te convidarei pra subir. Vou dizer que preciso de um banho, mas deixarei a porta do banheiro aberta pra que possamos prosseguir com a conversa. Sairei com a toalha amarrada na cintura, na intenção de te impressionar - mesmo nĂŁo tendo um corpo definido -. Notarei sua face corar e o desvio do teu olhar. E consequentemente irei sorrir. VocĂȘ me perguntarĂĄ o motivo do meu riso e responderei dizendo que sou apenas uma pessoa feliz. Vou te pedir pra virar de costas para que eu possa me trocar e vou desejar que vocĂȘ me espie, mesmo que escondido. Nos sentaremos na cama - vocĂȘ ainda sem jeito - e conversaremos por mais alguns minutos. Depois de algum tempo… Um silĂȘncio intrigante tomarĂĄ conta do ambiente. E devagarzinho eu irei me aproximar de vocĂȘ, atĂ© ficar face a face. Te puxarei para perto e brincarei com o seu rosto. Direi: “É nessa hora que nos beijamos?”. NĂŁo irei esperar por uma resposta e me levantarei. Depois de hesitar por alguns segundos… Te abraçarei por trĂĄs e morderei sua orelha. Te segurarei bem forte para que nĂŁo possa se virar. Te conduzirei atĂ© a parede e levantarei seus braços com os meus. E depois depois de te encarar por mais alguns segundos… O beijo virĂĄ… O fim disso, eu te conto quando chegar ai.
— Querido John. 

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