Para alimentar a alma, Ă© obrigatĂłrio sair de casa. Sair Ă  caça. Perseguir. Se nĂŁo hĂĄ silĂȘncio a sua volta, cace o silĂȘncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sĂ­tio, uma cachoeira, ou vĂĄ para a beira da praia, o litoral Ă© bonito nesta Ă©poca, tem uma luz diferente, o mar parece maior, hĂĄ menos gente. Cace o afeto, procure quem vocĂȘ gosta de verdade, tire fĂ©rias de rancores e mĂĄgoas, abrace forte, sorria, permita que lhe cacem tambĂ©m. Cace a liberdade que anda tĂŁo rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vĂĄ ao encontro de tudo que nĂŁo tem regras, patrulha, horĂĄrios. Cace o amanhĂŁ, o novo, o que ainda nĂŁo foi contaminado por crĂ­ticas, modismos, conceitos, vĂĄ atrĂĄs do que Ă© surpreendente, o que se expande na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte. VĂĄ assistir a um filme de um diretor que nĂŁo conhece. Olhe para sua cidade com olhos de estrangeiro, como se vocĂȘ fosse um turista. Abra portas. E pĂĄginas.
(Martha Medeiros)

ComentĂĄrios

Postagens mais visitadas deste blog